7 de janeiro de 2017


UM MUNDO DE MENTIRAS (PARTE 2)

Na primeira parte...contrastamos a presença de Deus com a sua ausência. Explicamos que todas as manifestações do mal, na realidade são subprodutos da ausência do bem. Ou seja, onde Deus se encontra, ali haverá luz, vida, amor e verdade. Retire Deus e como consequência teremos trevas, morte, ódio e mentira (Jo 1:4-5; 8:32; 14:6). Um conceito simples de entender, mas de uma profunda implicação.
Quando o cristão se envolve com a mentira, o engano, a farsa, a ilusão, a ficção, a fraude, a fantasia, ele comete dois sérios erros: escolhe o caminho das trevas e rejeita o Deus da luz e da verdade. Quanto mais ele se adentrar nesse mundo em que o Senhor não se faz presente, mais fraco, mais indefeso, mais confuso ele se verá. Por outro lado, à medida que ele se distancia dessas coisas o inverso ocorre (Dn 2:22). Ele sente mais da presença de Deus, e como resultado se vê mais forte, mais corajoso, mais sensível à voz do Espírito Santo. Imaginem um longo corredor, à noite, onde a única lâmpada se encontra na entrada. Não é óbvio que quanto mais fundo se for mais escuro ficará?
Quando tomamos essa decisão, uma maior manifestação da presença de Deus na nossa vida ocorreu de imediato; algo totalmente sobrenatural. De repente começamos a ouvir com mais nitidez o Espírito Santo nos guiando; notamos o Senhor nos fortalecendo, nos encorajando e nos usando como instrumentos na sua obra. O mesmo ocorrerá com vocês (Jr 29:13; 33:3).
Reconheço que para alguns cristãos, se distanciar desses prazeres mundanos parece algo impossível. Eles reconhecem que Deus não se encontra nesses divertimentos – como pode alguém negar esse fato? (1Co 10:21). Mesmo assim se recusam a abandoná-los (Jo 3:19). Começam então a racionalizar a Palavra, procurando por autoafirmação. Alguns, desorientados, procuram apoio dos seus líderes, que frequentemente também são prisioneiros do inimigo. Esses guias, argumentando serem livres, são os mais enclausurados dos cativos. Deveriam ser modelos, mas são pedras de tropeço. Não são cegos; antes o fossem, assim seriam inocentes (Jo 9:41). Embora não admitam, a triste realidade é que ainda não amam a Jesus a ponto de abandonar esses prazeres; consideram o morrer para o mundo uma cruz demasiadamente pesada (Mt 10:38-39).
Amados(as), o que mais posso falar sobre isto? O que mais posso fazer para incentivá-los a se libertarem das garras do pai da mentira? Certamente lhes dou o meu exemplo, mas muito maior é o exemplo de Jesus e dos nossos irmãos, os apóstolos. Moldem a sua vida não no homem carnal, mas sim no espiritual, pois, “há muitos que vivem como inimigos da cruz de Cristo. O destino deles é a perdição… só pensam nas coisas terrenas. A nossa cidadania, porém, está nos céus, de onde esperamos ansiosamente o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (Fp 3:17-20). Espero te ver no céu. —Markus DaSilva.

3 de janeiro de 2017

Como diligência, não preguiçoso; fervorosos no espírito, servindo ao Senhor. Romanos 12:11

A Bíblia está repleta de exemplos de homens que foram chamados para fazerem uma obra para Deus, más, o que nos chama atenção é o fato de todos estarem ocupados em suas tarefas do dia-a-dia para manterem suas famílias.
Tanto no Velho quanto no Novo Testamento estes chamados deixam claro que Deus procura por servos que sejam ativos e dispostos a aceitar novos desafios. Vejamos alguns desses exemplos abaixo:
· Noé era agricultor.
· Abraão negociava com gado.
· Moisés pastoreava as ovelhas de seu sogro.
· Gideão enquanto malhava o trigo
· Davi pastoreava as ovelhas da família.


Quando Jesus escolheu seus apóstolos, fez questão de chamar a Simão Pedro que era pescador e estava bastante atarefado depois de uma noite inteira lançando as redes ao mar sem sucesso. Pedro estava na praia limpando as redes de pesca, quando Jesus chegou e pediu para entrar no seu barco para falar da praia a uma multidão que O seguia.
Pedro, André, Tiago e João eram pescadores e estavam ocupados quando Jesus os chamou para serem “pescadores de homens”.
Mateus era publicano, um tipo nada simpático nos tempos de Jesus. Era um coletor de impostos (um funcionário público graduado) e estava sentado na coletoria quando Jesus passou, chamou Mateus (ou Levi) e ele simplesmente se levantou e seguiu a Jesus.
São muitos os exemplos. Já no Livro de Atos dos Apóstolos. Filipe estava muito ocupado, indo de aldeia em aldeia dos samaritanos, pregando o evangelho, quando o anjo do Senhor, chamou Filipe de lado e disse: “Levanta-te, e vai para o lado do Sul, ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza, que está deserta. ” (Atos 8:26).
Filipe estava ocupadíssimo, mas o anjo do Senhor mandou Filipe largar tudo e ir para uma estrada deserta. Talvez se fosse um de nós Filipe teria arrazoado da utilidade disso, afinal ele estava trabalhando e o Senhor o manda para uma estrada deserta? Mas ele foi e quando chegou lá havia uma carruagem com um homem importante dentro dela. Era um eunuco etíope, tesoureiro da Rainha Candace e o Espírito Santo mandou Filipe correr ao lado do carro.
Filipe ouviu que o homem lia o Profeta Isaías e perguntou se ele entendia o que lia. Daí em diante Filipe entrou no carro, conversou com o etíope, pregou o evangelho a ele, o homem se converteu, foi batizado e Filipe voltou a pregar nas cidades até chegar à Cesaréia.

O fato é que Deus sempre escolhe pessoas ocupadas para pregar o Evangelho e sabe por quê? Porque pessoas ocupadas são comprometidas, são diligentes, não têm tempo a perder e o Evangelho de Jesus é muito urgente para ficar em mãos que podem fazer a obra de Deus “uma hora dessas”, ou amanhã, ou “quando der”.

O QUE DEUS QUER DE NÓS?

Teólogos e filósofos debatem essa pergunta por séculos. Uma grande parte dos cristãos crê que existe uma lista personalizada, dada por Deus, que serve como uma espécie de guia de como agradá-lo. Também se entende que essa lista imaginária é bastante flexível, podendo variar não só no seu tamanho, como também na sua rigidez. Por exemplo, para alguns, deve-se ir à igreja pelo menos duas vezes por semana, enquanto para outros, apenas em ocasiões especiais, e ainda para outros, congregar nem consta nesta lista. Essa mesma flexibilidade é também observada nas ofertas, leitura da bíblia, oração, músicas, entretenimentos… etc. Cada um possui a sua lista e cada um procura fazer o seu melhor para obedecê-la. Se algo nessa lista começa a incomodar, basta editá-la até que fique aceitável, pois, como já disse, tudo isso é adaptável. Obviamente a implicação é que se a lista é flexível, se os seus itens são adaptáveis à conveniência de cada um, o autor dessa lista, Deus, também o é.
Essa introdução apresenta uma triste realidade. Vemos aí a situação absurda em que tantos dos nossos irmãos se encontram. O fato é que essa lista imaginária tem como autor não o Senhor, mas sim o próprio homem. Esse deus tão popular no mundo cristão não é o Deus das escrituras, mas sim uma figura de ficção, inventada para aplacar a consciência do pecador não arrependido. A realidade é que, não querendo mudar, eles insistem que Deus mudou; na prática, vivem e ensinam o conceito de um criador sem qualquer respaldo bíblico. Pregam um deus que não possui desejo próprio e que aceita qualquer coisa que as suas criaturas queiram oferecer. Tudo é bem-vindo, tudo é recebido com gratidão. Desde que seja dado “de coração”, tudo é aceito com alegria por esse deus que não existe.
A ideia de que o Criador é um Deus que entende a situação e as preferências das suas criaturas; a ideia de que o Senhor apenas quer o melhor que temos a oferecer, não é uma ideia nova, mas na realidade sempre existiu. Um dos primeiros seres humanos, Caim, já possuía a sua lista imaginária quanto àquilo que Deus queria dele. Quando chegou o dia de trazer a sua oferta ao Senhor, ele apresentou aquilo que imaginou agradar a Deus (Gn 4:3); trouxe o fruto do seu suor, ele ofereceu o fruto da terra... o seu melhor. Caim ofertou aquilo que o seu coração determinou, mas o Senhor o recusou (Gn 4:5).
Irmãos, o verdadeiro servo de Deus; aquele que realmente O ama, está continuamente procurando obedecer ao Senhor em absolutamente tudo (Jo 14:15). O servo fiel mantém o seu ouvido atento à voz do seu querido Mestre. A maior alegria do seu coração é quando o Senhor lhe pede por algo, pois, dessa forma pode agradar ao seu amado Criador; não oferecendo aquilo que o coração determina, mas exatamente o que foi pedido (Mt 24:45-47). Esse é o seu prazer, esse é o seu foco.
Amados, o Senhor não se interessa pelo seu melhor. O Senhor não procura uma boa parte do seu tempo; uma boa parte do seu dinheiro; uma boa parte do seu coração; uma boa parte do seu amor. Isso porque a nossa salvação não custou o melhor que Deus tinha; o preço pago por mim e por você não foi uma boa parte do que Deus possuía. Em Jesus, Deus entregou a Si próprio; em Cristo, o Senhor sacrificou tudo (Ro 11:35; Ro 5:10; Jo 10:30). O que Deus quer de nós? Tudo aquilo que temos e somos (Mt 22:37). Aquele que imagina que Deus aceita qualquer coisa que não seja o nosso todo, está adorando a um outro deus. Queridos, já se aproxima o dia. Triste será o fim dos indecisos. Espero te ver no céu. —Markus DaSilva.