Todos aqueles que são chamados por Deus e se tornam parte do corpo de Cristo, são impelidos pelo Espírito Santo a realizarem uma determinada função no Reino de Deus. E, independente de qual seja essa função que nos foi dada por Deus, é nossa missão usá-la para testemunhar sobre Jesus e sua obra redentora. Devemos entender, porém, que nós não temos a menor condição de dar um testemunho verdadeiro e eficaz a respeito da pessoa de Jesus usando nossa própria sabedoria e esforços.
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Nenhuma estratégia evangelística, seja ela qual for, será boa o suficiente para atrair pessoas para Cristo se estiver baseada no intelecto humano. Uma bela igreja não pode comprar almas. Uma linda peça de teatro ou nossas mais impactantes palavras, ainda que sejamos eloquentes e muito bem fundamentados teologicamente, não causarão nenhum efeito permanente em outras vidas se não estivermos sendo direcionados pelo Espírito Santo.
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Os cristãos precisam entender de uma vez por todas que, sem o Espírito Santo, somos vazios e em nada diferimos de qualquer outra pessoa na terra. É o Espírito de Deus quem capacita a igreja a cumprir as ordenanças de Jesus de maneira completa. E, para isso, o Espírito Santo nos concede poder (Atos 1:8). Frederick D. Bruner, em seu livro “Teologia do Espírito Santo”, nos presenteou com a seguinte afirmação:
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“O poder do Espírito Santo é Sua capacidade de ligar os homens ao Cristo ressurreto de tal maneira de sejam capazes de representá-Lo. Não há nenhuma benção mais sublime.”
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Também posso citar, ainda nesse contexto, as observações de Jhon Stott que disse:
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“Do mesmo modo que o Espírito Santo veio sobre Jesus equipando-o para o seu ministério público, o Espírito deveria vir sobre o seu povo capacitando-o para o seu serviço.”
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Por isso, podemos compreender perfeitamente que, sem o Espírito de Deus em nós, evangelizar se torna impossível, afinal, é o Espírito quem convence o homem do seu estado de inteira perdição.
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A verdadeira igreja de Cristo deve ser uma testemunha fiel dos atos Gloriosos de Deus e de quem Ele é. Quando aqueles que se dizem ser a noiva de Cristo vivem um "evangelho morno", eles estão fugindo do real propósito do derramamento do Espírito no Pentecostes. Pessoas que vivem dessa maneira mostram que ainda não tiveram uma real experiência com o Rei dos reis, pelo contrário, elas foram convencidas a viver um cômodo evangelho, adestrado pelos homens, que nem de longe reflete o Poder de Deus como é o verdadeiro Evangelho do Reino (Romanos 1:6). A vivência da igreja na terra é fruto de uma experiência pessoal com o Deus vivo. Nós damos testemunha a respeito do Pai, do Filho e do Espírito porque os conhecemos e temos o Espírito em nós (João 15: 26-27).
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Por último, gostaria de deixar claro que o Poder do Espírito Santo não se resume em uma simples vitória sobre as dificuldades cotidianas. Antes, esse Poder nos fala sobre o triunfo ainda que estejamos vivendo uma derrota evidente. Posso citar aqui o exemplo de Estevão que, segundo as Escrituras, era um homem cheio do Poder Divino (Atos 6:8). Estevão foi testemunha do Poder do Espírito e, assim, foi apedrejado até a morte. Qualquer pessoa cega no tocante à Sabedoria Divina, poderia pensar que nesse episódio o povo de Deus sofreu com uma árdua derrota. Todavia, isso é uma percepção errônea dos fatos. Como disse Hermisten Maia:
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“O Poder do Espírito é a capacitação para levar adiante a mensagem de Cristo, mesmo que isso nos custe o mais alto preço do testemunho, que é o martírio.”
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A igreja foi chamada a declarar a Palavra de Deus em todo o tempo. Devemos evangelizar e sermos testemunhas de Cristo e de seu grandioso Poder. Não podemos mais priorizar simplesmente causas sociais, políticas ou ambientais, ainda que isso seja de certa forma importante. As pessoas precisam ouvir que existe um Deus vivo e real, mas como ouvirão se não há quem pregue? (Romanos 10:14). Escrevo esse texto aguardando com muitas expectativas em Deus que, através do Espírito Santo, a noiva do Cordeiro arderá com o desejo de falar como os apóstolos falavam: “Nós não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos.”(Atos 4:20) ou ainda “Estou pronto não só para ser preso, mas até para morrer em Jerusalém, pelo nome do Senhor Jesus.”(Atos 21:13).